Milwaukee Bucks – 43W/14D
Vão passar anos e anos e ainda vai ter gente falando do legado que Gregg Popovich deixou na NBA. Não, você não está lendo a resenha errada. É do Bucks que estamos falando mesmo. Pois o time de Milwaukee conta com uma estrela que é tão efetiva quanto o super astro grego, com a diferença que atua na beira da quadra: Mike Budenholzer.
O ex-assistente do Spurs ganhou a oportunidade de fazer um trabalho em Milwaukee tão bom ou até melhor do que fez outrora em Atlanta. O técnico Budenholzer entendeu como poucos as virtudes do elenco que tinha em mãos e soube fazer os ajustes necessários para elevar o jogo do Bucks ao patamar de postulante ao título. Giannis Antetokoumpo deixou de carregar a bola e concentrou todos os seus esforços em ser um finalizador feroz e o resultado é uma temporada de candidato a MVP.
Seus coadjuvantes complementam o seu jogo de maneira nada menos que brilhante. Khris Middleton tornou-se um All Star. Eric Bledsoe e Malcom Brogdon vêm fazendo temporadas incríveis. Brook Lopez encontrou um papel fundamental no esquema do coach Budenholzer ao desafogar a marcação em cima de Giannis e se apresentando como opção ofensiva fora do garrafão com seu chute de três. Não satisfeitos, o Bucks fez uma troca cirúrgica e trouxe Nikola Mirotic e seu arremesso gatilho a fim de se estabelecer como favorito ao título.O Bucks trava uma disputa feroz com o Raptors pelo primeiro lugar do Leste e pelo direito de disputar o Troféu Larry O’Brien. Melhor temporada da franquia em anos.
Nota: 10
Indiana Pacers – 38W/20D (Resenha do Pétrus, da equipe do Big 3 e torcedor do Indiana – Twitter – Instagram )
O que parecia ser uma decisão maluca pelos dirigentes do Indiana Pacers ao trocar Paul George por Victor Oladipo e Domantas Sabonis, provou ser o ressurgimento de um time cujo muitos, mesmo entre os fãs do Pacers, julgaram ser time de loteria por anos. A chegada dos dois mudou o ambiente e quase derrubaram na temporada passada o Cleveland Cavaliers em sete jogos.
O trabalho nessa temporada se manteve e foi além. A adição de novos jogadores como Tyreke Evans e a revelação que tem sido o Sabonis deu uma profundidade a um banco já consistente, faltando apenas algumas peças em experiência para por o time nos eixos nas horas difíceis.
Victor Oladipo evoluiu, Myles Turner se tornou uma referência defensiva, Bogdanovich provou ser uma ameaça do perímetro e a recente adição de Wesley Matthews pode tornar um time que encabeça junto com outros da liga em termos defensivos uma ameaça não esperada na pós temporada.
O time teve seus altos e baixos e com a perda do Oladipo para o resto da temporada, muitos se perguntam até onde esse time pode ir nos playoffs. O time teve uma sequência de quatro derrotas após a contusão de Oladipo e em alguns jogos, o Pacers simplesmente não consegue achar seu ritmo ofensivo, o que aumenta o ceticismo pela maior parte dos especialistas.
No entanto, o time se recuperou de mais uma sequência ruim e agora está em terceiro lugar no leste. Dentre todas as ameaças, o Pacers parece ser um dos poucos que manteve a consistência mesmo sem sua estrela e a filosofia que Nate Macmillan passou para os jogadores certamente os fez acreditar que podem surpreender mais uma vez.
Nota: 9
Detroit Pistons – 26W/30D
A boa notícia é que o técnico Dwane Casey não ficou de fora do cenário da NBA, o que seria uma injustiça gigantesca com um profissional que tem feito um trabalho muito bom pelos últimos anos, em que pesem as eliminações consecutivas e algumas vezes inexplicáveis na fase dos playoffs. A má notícia é que o trabalho é mais difícil em se tratando dos Pistons.
A equipe de Detroit teve um começo de temporada empolgante, combinando os ajustes de Casey com atuações iluminadas do astro Blake Griffin. O outrora campeão das enterradas do Los Angeles Clippers tornou-se um jogador muito mais completo, adicionando arremessos de média e longa distância ao seu arsenal ofensivo, o que o torna uma ameaça em qualquer canto da quadra. Andre Drummond permanece consistente no cenário dos duplos duplos e continua sendo um dos líderes da liga em rebotes.
Mas a equipe que conseguiu bater o campeão Golden State Warriors em casa numa partida eletrizante não conseguiu dar conta de repetir o espetáculo em todos os outros jogos da temporada. O fôlego parece ter acabado e o material humano é limitado. Trouxeram Thon Maker de Milwaukee e Sviatoslav Mykhailiuk do Lakers na busca por uma vaga nos playoffs. Mas resta saber se vale a pena disputar essa vaga ou procurar uma posição melhor no draft para trazer as peças que faltam ao time.
Nota: 6
Chicago Bulls – 14W/44D (Perfil do Colaborador – Chicago Bulls Brasil, Twitter: @bullsbr Facebook: @ChicagoBullsBR
Instagram: http://bulls.br)
Após entrar em rebuild na temporada 2017-18, e falhar na missão de tankar para conseguir uma escolha Top 3 no Draft 2018, o Chicago Bulls objetivava competir na temporada 2018-19. Não seria uma Tank Season, segundo o VP John Paxson.
Acreditava-se que a evolução das peças vindas na troca do Butler (LaVine, Markkanen e Dunn), somados a dois bons rookies (Carter Jr. e Hutchison) e à chegada do Jabari Parker pudessem fazer o Bulls brigar por playoffs num Leste mais fraco. Ledo engano.
LaVine começou em ritmo acelerado, igualando o recorde de Jordan com 4 partidas seguidas com 30 ou mais pontos. Markkanen supera a temporada passada em pontos e rebotes. Contudo, muitas contusões, incluindo o fim antecipado da temporada para Carter Jr., um Dunn estagnado, e um Parker que nunca funcionou como se esperava trouxeram à tona uma dura realidade: trata-se de uma Tank Season.
Como tankar não era a meta, então a nota do Bulls até aqui só não é zero em respeito a alguns bons jovens que trazem esperança de dias melhores, como Zach, Lauri, Wendell e o recém-chegado Porter Jr.
Nota: 3
Cleveland Cavaliers – 12W/46D
Ok, ninguém disse que seria fácil. A menos que algum jogador incorporasse o espírito do Jordan dos anos 90 ou o Kobe dos anos 2000, não existia ser humano no planeta que pudesse compensar a falta de um Lebron James no elenco do Cleveland Cavaliers. Mas não precisava ser tão ruim assim.
Não precisava mesmo, a começar pela péssima decisão em manter Tyronn Lue no comando da equipe quando ele havia demonstrado claramente ter perdido o pulso com escolhas pra lá de questionáveis na última pós-temporada. Trouxe uma turbulência desnecessária e logo foi mandado embora para a entrada de Larry Drew. A lesão de Kevin Love também contribuiu para um vácuo de referências numa equipe que aposta em suas jovens estrelas. E quando você acha que não dá pra piorar: J.R. Smith ainda é parte do elenco.
A luz no fim do túnel é que a franquia que na última temporada teve a coragem de despachar todos os jogadores que havia trazido, não tem medo nenhum de mexer as suas peças. Tendo já mandado embora Kyle Korver e Rodney Hood, o Cleveland deu a entender que vai apostar na construção do seu jovem elenco (e do Dellavedova!) e correr atrás de uma boa escolha no draft.
Nota: 2
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