Divisão Noroeste

Denver Nuggets – 39W/18D (Perfil do Colaborador: Nuggets Brasil, Twitter: @Nuggets_Brasil)

Mesmo não chegando aos playoffs em 2017-2018, todos sabiam do poder de Nikola Jokic e de como Denver poderia brigar para ser um bom time neste disputado Oeste. E pra isso, nem precisamos nos reforçar (nós sabemos que Isaiah Thomas e Michael Porter Jr. seriam apostas, então era difícil contar com eles para melhorar nosso roster).
O Nuggets foi, com alguma folga, o time que mais sofreu com desfalques durante toda a temporada, e ainda assim conseguimos surpreender. Com a melhor campanha até aqui jogando em casa (25 vitórias em 29 jogos), o Nuggets consegue se manter na briga com o Golden State Warriors pelo topo do Oeste, e apesar do equilíbrio da conferência, é difícil cogitar Denver fora da posição de alcançar um mando de quadra nos playoffs em abril.   
Méritos para o treinador Michael Malone, que bancou Nikola Jokic como franchise player lá atrás na troca de Jusuf Nurkic, e conseguiu desenvolver especialmente peças como Malik Beasley e Monte Morris, cruciais para essa campanha quando Barton, Harris e Millsap estavam lesionados.

Nota: 10

Oklahoma City Thunder – 37W/20D (Perfil do Colaborador: Thunder Brasil, Twitter: @BrasilThunder, Site: okcbrasil.blogspot.com.br)

A busca de identidade sempre foi o foco principal em Oklahoma desde a saída de Kevin Durant, e na primeira parte da temporada, o time aparentemente resolveu tal problemática. O começo foi irregular, afinal, mudanças aconteceram. Carmelo saiu, o banco foi fortalecido, o que afetou diretamente a rotação. Mas dois fatores encaixaram muito bem para que o time superasse o fiasco da temporada passada: Paul George e Jerami Grant.
Paul George vive a melhor temporada da carreira e caminha em passos largos para sair com um prêmio individual ao fim da temporada, seja de MVP ou de melhor defensor. Em inúmeras situações de irregularidade, Paul era nossa única certeza, decidindo jogos atrás de jogos a nosso favor.
Se Paul é o protagonista, Jerami Grant é a surpresa. “Substituto” de Carmelo no quinteto titular, o ala-pivô vem sendo uma das principais válvulas para o time funcionar nos dois lados da quadra com eficácia e muito atleticismo.
Juntando esses dois fatores com o maestro Russell Westbrook no comando, o time hoje é um dos, quiçá principal, concorrente ao trono de Golden State. Mas o mais importante é que no meio de tantas dúvidas, o time passa se tornar uma certeza a cada jogo que se passa.

Nota: 8,5

Portland Trail Blazers – 34W/23D

Sabe a história do “em time que está ganhando não se mexe?”. Tá aí o Portland. A galera da Rip City sabe muito bem que pode contar com Damian Lillard e C.J. McCollum pra salvar o dia e a dupla não tem decepcionado em nada, trazendo os Blazers para a parte de cima da tabela do disputado Oeste. A temporada regular é mero detalhe até aqui.
A decepção, se é que pode se usar essa palavra, é a franquia permanecer de mãos atadas no que diz respeito aos playoffs. Simplesmente não dá pra chegar com praticamente o mesmo elenco da última disputa e esperar que eles simplesmente joguem melhor do que antes e avancem na competição. Faltam peças. E não dá pra comprar a ideia de que trazer Rodney Hood e Enes Kanter tenha sido a melhor das adições para a pós-temporada. Não à toa, equipes que estão abaixo do Blazers na tabela de classificação, são considerados ameaças maiores ao Golden State Warriors do que o próprio Blazers. Boa sorte para eles.

Nota: 7

Utah Jazz – 32W/25D

A galera de Salt Lake City está naquele grupo que saiu fortíssimo dos playoffs de 2018 e tinha grandes expectativas para essa temporada. E o que vimos até agora foi… bem… 2018 outra vez.
O calendário foi cruel com o Utah Jazz na primeira metade da temporada, fazendo o time passar longas sequências de jogos fora de casa e causando reflexos em quadra. Mais do que o cansaço físico, o esgotamento mental foi determinante em vários momentos, especialmente com a jovem estrela Donovan Mitchell. Mitchell abusou de decisões equivocadas quando tinha a bola nas mãos e seus números tiveram uma queda. Ricky Rubio também parece ter resolvido só jogar nos playoffs, mas é bom que avisem ele que o time precisa se classificar primeiro. Por outro lado, Rudy Gobert continua sólido no garrafão e há quem questione o fato dele ter ficado de fora do All Star Game (inclusive ele mesmo) e Joe Ingles continua sendo o assassino silencioso da linha dos três.
Com uma sequência de jogos mais tranquila na segunda metade da temporada, o Utah Jazz parece bem encaminhado para participar mais uma vez dos playoffs. Resta saber o que eles levarão de diferente para a disputa dessa vez, além de Kyle Korver repatriado. Para o bem ou para o mal, o técnico Quinn Snyder vai ter muitos ajustes daqui para frente.

Nota: 7

Minnesota Timberwolves – 27W/30D

Que o time era uma bomba-relógio prestes a explodir antes mesmo da temporada começar todo mundo já sabia. Restava saber quem ficaria de pé depois que ela detonasse. E entre mortos e feridos…
O Minnesota “Timberbulls” chegou ao fim com a saída de Jimmy Butler e do técnico-presidente Tom Thibeaudau. Enquanto o primeiro fez questão de sobressair enquanto vestia a camisa do Wolves e atrair a atenção, o segundo chegou ao ponto de esgotamento onde simplesmente não conseguia tirar mais nada do elenco. Saem uns, entram outros. Dario Saric e Robert Covington vieram de Philadelphia desempenhar o papel de coadjuvantes úteis. O rookie Josh Okogie tem sido mais interessante do que a eterna promessa Andrew Wiggins. Karl Anthony Towns tem sido Karl Anthony Towns, e se isso é bom por um lado, por outro ele ainda não exerce um papel de liderança influente na equipe que possui essa carência evidente.
Mas o Derrick Rose não tem nada com isso. Aliás, ninguém tinha nada com o Derrick Rose, frisemos. Só que o jogador que perigava pendurar os tênis após sua triste sequência de lesões e passagens apagadas por New York e Cleveland, virou a Ave Fênix da temporada. D-Rose surpreendeu no papel de sexto homem e vem entregando atuações de alto nível com média de quase 19 pontos por jogo e inclusive uma partida épica de 50 pontos. Nem todas as lágrimas em Minnesota são de tristeza, apesar do time não ser bom o suficiente para pegar uma boa posição nos playoffs e nem ruim o bastante para almejar uma boa pick no draft.

Nota: 6