Queremos e podemos mais
Provável quinteto titular
PG: Kemba Walker
SG: Evan Fournier
SF: R.J. Barrett
PF: Julius Randle
C: Mitchell Robinson
Se fecharmos os olhos, ainda podemos recuperar na memória os sons de um Madison Square lotado e barulhento em plenos playoffs depois de um jejum de oito anos. É possível que também relembremos o silêncio pós-Trae Young.
Águas passadas, o Knicks pôs as mãos na massa determinado a provar o valor da franquia. A offseason talvez tenha sido uma prova de que esse trabalho ainda vá demorar. Trouxeram Kemba Walker e Evan Fournier, esse último vindo de uma sólida campanha pela medalha de prata em Tóquio. Juntam-se ao elenco os novatos Quentin Grimes e Miles McBride.
O elenco do técnico Tom Thibodeau talvez não tenha ganhado um reforço de grande calibre quanto antes esperava. Mas é um time com peças interessantes ao redor do jogador que mais evoluiu na última temporada, Julius Randle. Walker e Fournier trazem experiência a um grupo com jovens promissores como Barrett, Quickley e Toppin. Sem falar em uma das suas maiores armas saindo do banco: Derrick Rose em sua 14ªa temporada.
Pontos fortes e pontos fracos
Como já mencionado acima, o Knicks tem tudo para construir um bom ritmo entre jogadores titulares e bancários, podendo alternar entre um “pace” mais veloz e um jogo de meia quadra. A versatilidade de Randle, a principal estrela do elenco, traduz um pouco disso. Só para ilustrar, na temporada passada Randle liderou o time em média de assistências com 6 por partida. A chegada de Walker talvez mude um pouco essa configuração, dando abertura para Randle ser mais finalizador com seu eficiente chute de média distância.
O desenvolvimento dos jovens talentos também é outro fator crucial. Por mais repetitivo que possa parecer: há bastante espaço para a curva de evolução dos jogadores mais jovens, principalmente R.J. Barrett. Nerlens Noel é outra presença de garrafão que merece muita atenção, sendo peça chave na defesa da área pintada.
Agora eis aqui uma moeda que merece ser vista pelos seus dois lados: há uma certa urgência no desenvolvimento dos jogadores mais jovens.
É pouquíssimo provável que o Knicks chegue ao fim da temporada regular com o mesmo elenco que vai começá-la. Há jogadores que podem ser usados numa troca “tudo ou nada” para voos mais altos do que a primeira rodada dos playoffs. O que isso significará para a química do elenco só nos resta especular.
O front office em Nova York sabe que não terá Derrick Rose correndo ao resgate deles toda vez que a corda apertar, assim como o próprio Kemba Walker é chegado a uma lesão.
Thibodeau é um grande desenvolvendor de talentos, e essa temporada exigirá dele um trabalho ofensivo apurado que possa de novo colocar New York de volta ao mapa. Um enorme passo foi dado na última temporada. Tem espaço para mais. O Knicks deve se classificar para os playoffs sem passar pelo Play-In, quem sabe abocanhando outro mando de quadra. Olho neles.
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