Divisão do Pacífico

Golden State Warriors – 41W/16D (Perfil do Colaborador: Warriors Brasil, Twitter: warriors_bra)

Falar sobre uma franquia estabelecida no cenário mundial do basquete pode parecer uma tarefa simples e que não exige nada mais do que meros contornos. Mas o Warriors curiosamente quebra essa lógica, uma vez que adapta o seu jogo para se tornar ainda mais dominante na pós-temporada – e nas páginas da história.
A adição de DeMarcus Cousins trouxe algumas modificações já previstas, mas pode ser interpretada também como um esforço do GM Bob Myers para que o time não caia no comodismo por estar sentado no trono. Com Boogie, o garrafão ganha pitadas ardentes de dominância, uma opção a mais para os arremessos – inclusive, os de fora! -, a atenção dobrada dos adversários e uma flexibilidade maior na abertura de espaços.
Stephen Curry, por exemplo, tem uma qualidade de outro mundo à sua disposição para fazer os corta-luzes e estimular um jogo mais próximo da cesta – que pode ser a grande alternativa nos dias em que os marcadores estão inspirados.
Kevin Durant e Draymond Green, por sua vez, estão ainda mais íntimos da laranja. Com a desnecessidade de se multiplicarem com a mesma frequência de antes para garantir os rebotes, jogam mais à vontade comandando as transições de quadra.
Em síntese, é difícil dar outro enredo ao Warriors que não seja esse. Precisamos nos acostumar a um planejamento muito mais pontual do que antes, sem falta de dedicação, mas com entrega somente nos momentos necessários. Porque aprendemos da pior forma, nas finais de 2015-16, que o título é o que realmente importa lá na frente.

Nota: 8,5

LA Clippers – 32W/27D (Perfil do Colaborador: Brasil Clippers, Twitter: @BrasilClippers)

Essa temporada do Los Angeles Clippers é sem dúvida uma das mais curiosas na história da franquia. É a primeira temporada sem nenhum remanescente de elencos contender de playoffs que a franquia teve em anos passados. Teria tudo pra voltar a amargar a sombra que estava sendo afastada por conta dos péssimos resultados do rival da cidade, o Los Angeles Lakers.
A ESPN projetou o Los Angeles Clippers para uma temporada de 37 vitórias e 45 derrotas, com nenhum All Star no elenco, não conseguindo a classificação para a pós temporada. A realidade tem sido um pouco diferente pra equipe californiana. Embora a classificação seja complicada, conta com um bom núcleo jovem e um poderio ofensivo forte de seu time reserva. O Clippers tem conseguido bons triunfos, inclusive contra equipes que almejam mais na temporada, e mesmo perdendo, não tem vendido tão barato a vitória, sendo que alguns até esperavam essa postura derrotada ao longo da temporada.
Agora, no momento de pausa para o final de semana das estrelas, o Clippers tem uma campanha de 32 vitórias e 27 derrotas, 8º colocado da conferência Oeste. Com uma temporada bem surpreendente, mas ok, tem sido uma surpresa agradável ver o LAC jogar.

Nota: 7

Sacramento Kings – 30W/27D

Não dá pra saber se o Sacramento Kings é o Brooklyn Nets do Oeste ou se o Brooklyn Nets é o Sacramento Kings do Leste. Seja como for, a jovem equipe de Sacramento tem sido a protagonista da sua própria história até aqui na temporada e já não é mais o time que perde pra todo o resto. Pra ser sincero, o Kings é o time por quem ninguém dá nada, mas também é o time com quem ninguém quer bater de frente.
Para derrotar os principais contenders do Oeste, é preciso uma boa dose de coragem, disciplina e atleticismo, coisa que o Kings tem de sobra. De’Aaron Fox é o cara que vem chamando atenção temporada após temporada. Buddy Hield elevou o seu chute de três a outro patamar e é considerado para o prêmio de jogador mais evoluído da temporada. O rookie Marvin Bagley foi uma adição certeira. Bons resultados com elenco pouco estrelado. Se você está pensando que é do Memphis Grizzlies que eu estou falando, bom, dê uma olhada em quem está na beira da quadra em Sacramento com a prancheta na mão.
O Kings sabe que se for aos playoffs não tem nada a perder. Diferentemente do seu futuro adversário, seja ele quem for. Olho neles.

Nota: 7,5

Los Angeles Lakers – 28W/29D (Perfil do Colaborador: Lakers No Ar, Twitter: @LakersNoAr, Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCPjPRudEqcn-JSYCsRMmb3Q/featured)

A temporada 2018-19 do Lakers é a definição de montanha-russa. Após anos de times ruins e “tank”, finalmente se começava a temporada com a esperança de um time com qualidade. Principalmente com a chegada do maior astro do basquete, LeBron James, junto ao núcleo jovem que estava sendo mantido para desenvolver. Mesmo com erros na montagem do elenco, na opinião da maioria dos torcedores, a expectativa era promissora.
Ao longo da temporada, o Lakers tem se mostrado um time inconstante. Em alguns momentos, como entre a metade de novembro até o Natal, o Lakers se mostrava um time que, mesmo não sendo o mais bonito tecnicamente, era um time eficiente e brigaria por algo, tanto que disputava até mando de quadra nos Playoffs. Em outros, via-se um time fragilizado (por lesões, por críticas, pelo elenco etc.) que não conseguia fechar os jogos. E ainda fica a dúvida: “Qual é o Lakers que virá a quadra hoje?”.
O problema para a franquia é que a resposta pode ser tarde demais para a tão almejada vaga a pós-temporada.

Nota: 4,5

Phoenix Suns – 11W/48D

Pouca coisa pode ser pior para um time que é ruim em quadra do que uma diretoria que também é ruim fora dela. Esse aí é o Phoenix Suns. A franquia que trouxe Trevor Ariza de Houston para mandá-lo embora meses depois.
Não que o jogador fosse fazer uma diferença substancial no Arizona, porque não ia. Mas podiam ter se poupado do embaraço. A saída de Tyson Chandler para o Lakers foi compreensível, com o homem grande almejando desempenhar um papel mais efetivo do que mentor de DeAndre Ayton, por mais interessante que o jovem seja. O piano é pesado demais para o astro Devin Booker carregar sozinho e ninguém parece muito certo de qual seria a melhor solução. Trocar Ryan Anderson por Tyler Johnson foi o famoso seis por meia dúzia. Kelly Oubre pode ter sido o melhor sinal de futuro para o Suns, se conseguirem mantê-lo longe de confusão e perto do garrafão. Vamos ver o que o draft reserva para a equipe. É isso ou esperar que Lonzo Ball apareça caso o Lakers resolver se desfazer do filho mais velho do Lavar em alguma troca na offseason.

Nota: 3