Devido à pandemia na última temporada da NBA, bilhões de dólares em receitas foram perdidos e, sem uma data exata de quando os fãs poderão retornar às arenas em segurança – mesmo com a vacinação -, espera-se que o lucro da liga continue caindo. Uma possível solução que está sendo cogitada é a expansão. Com a chegada de mais duas franquias, a NBA poderia vendê-las pela maior oferta que recebesse, trazendo assim um alívio para os 30 times.

Embora a NBA ainda não tenha se decidido por esse caminho, ela vem analisando os possíveis valores que as novas franquias poderiam gerar à liga. De acordo com Brian Windhorst, da ESPN, a NBA estimou a taxa de expansão em US $ 2,5 bilhões para cada uma das duas novas equipes, com várias ofertas esperadas de grupos baseados em Las Vegas e Seattle – duas cidades que flertam há um bom tempo com a possibilidade de ter uma franquia da NBA e, no caso de Seattle, de voltar a sediar uma.

Seattle pode ser um dos destinos para a NBA – novamente. Foto: Negocios y Convenciones

A marca de 2,5 bilhões de dólares representaria o valor mais alto pago por uma equipe profissional na história das ligas norte-americanas. O Los Angeles Clippers e o Brooklyn Nets, avaliados respectivamente em 2 e 2,35 bilhões de dólares, foram vendidos por menos na década passada. O que estima o preço lá no teto, é que tanto Seattle quanto Las Vegas são mercados mais promissores que Nova York e Los Angeles, por exemplo.

Historicamente falando, o valor de expansão tende a ser inflado além do valor de vendas. A última expansão da NBA foi com o então Charlotte Bobcats (atual Hornets), que pagou 300 milhões de dólares para fazer parte da liga. O Dallas Mavericks gerou apenas 285 milhões de dólares naquela época, apesar de existir em um mercado melhor, e o Boston Celtics, uma das franquias mais desejáveis da liga, arrecadou apenas 20% a mais, com 360 milhões de dólares. Existe uma infinidade de razões para essa inflação: a mais simples é ser uma franquia sem histórico. E há o fato de que novas equipes não estão endividadas, nem perdendo prestigio, ou até mesmo a identidade da franquia. É praticamente uma folha em branco para ser moldada de maneira bilionária.

As receitas com as expansões são distribuídas igualmente entre as 30 franquias da liga e os jogadores não recebem nada. Se a NBA conseguisse gerar esses cinco bilhões de dólares adicionando duas franquias, cada time atual receberia uma injeção de 166,7 milhões de dólares em dinheiro, para usar como bem desejar. A desvantagem é que a longo prazo as receitas seriam divididas não mais entre 30 times, mas entre 32 equipes. Talvez devido as dificuldades geradas pelo COVID, essa seja uma solução a curto prazo. O famoso cobrir a cabeça e descobrir os pés.