All Star Game! O Jogo das Estrelas! O maior concurso de popularidade do mundo do basquete, com suas polêmicas, espetáculos, merchandising e, eventualmente, basquete. Desde que a NBA adotou o formato de dois capitães escolhendo os seus respectivos esquadrões a partir de uma lista dos maiores talentos, o jogo ganhou ares de confronto de pelada. James Harden segue sendo esnobado, Lebron James aparentemente segue sendo o maior estrategista e Alex Caruso não tem o seu talento devidamente reconhecido.
Claro que em algum momento da vida o fã do basquete já se imaginou participando desse evento. Nas arquibancadas, à beira da quadra ou, sonhando um pouquinho mais alto, vestindo uma das camisas especialmente confeccionadas para o evento (e muitas vezes com estética de gosto duvidoso) e entrando em quadra.
Pensando em critérios práticos e objetivos: o que de fato leva um jogador a ser selecionado como um All-Star? A sua capacidade de pontuar de todos os lados da quadra. A inteligência do passe. O talento para os rebotes. A precisão do arremesso, etcetera, etcetera… Legal, ok. Mas pensando em peladeiros e afins, quais são os critérios que realmente importam. Quem faria parte do seu Jogo das Estrelas?
O grande craque que jamais se esquece de levar água.
O talento promissor que nunca se nega a aprender os movimentos que assiste na TV.
O catimbeiro que sabe todas as malícias na hora de montar o time.
O team player que te oferece carona na hora da ida e na hora da volta. Ou quem pega contigo o ônibus, o trem, o metrô na hora da volta.
O mestre da prancheta que pede uma jogada certeira na hora “H”. Mesmo sabendo que ninguém ali entendeu muito bem o que ele pediu, mas fica registrada a intenção de querer vencer o jogo.
O mochileiro, que nunca se nega a ceder a mochila para que a galera coloque celular, carteira, relógio e chaves de casa.
O que tem o cronômetro no celular e controla a duração das partidas.
O que contesta a duração do cronômetro nas partidas (Como assim já acabou? Isso aí não foi dez minutos mas nem f*$#%(@)!)
O que fica fazendo graça com a galera que tá de fora.
Os que vão contigo para além das quadras. Os que vão contigo nos grupos de mensagem. Os que vão contigo nas resenhas de bar. Os que vão contigo para a vida. Para o que der e vier.
Essas são as estrelas que importam.
