Atlanta Hawks – 19V/44D

Duas palavras: Trae Young. E se quiserem mais duas palavras: Trae Young. O jovem atleta é o maior foco da equipe do Hawks e não podia ser diferente. Coroado com a primeira seleção para o All Star Game já no seu segundo ano na liga, o jovem armador tem brindado a NBA com muitos e muitos lances que aparecem nos highlights das noites em que atua. Trae tem uma média de quase 30 pontos e 9 assistências por jogo, tornando o jovem uma das novas caras da NBA atual. E paramos por aqui. Tirando Young, o Hawks tem poucos motivos para comemorar. É dono da segunda pior campanha do Leste e terceira pior da liga inteira. Mesmo com Young, fulminando o ataque, é a segunda pior defesa da NBA no momento. Alguns movimentos foram feitos, como a troca que trouxe Clint Capela assim como Jeff Teague para reforçarem o elenco, mas é pouquíssimo provável que surtam efeito a curto prazo na equipe comandada por Lloyd Pierce. É esperar pra ver o que vão pegar na safra do draft nesse ano e dar uma despedida digna ao veteraníssimo Vince Carter.

Nota: 4

Charlotte Hornets – 21V/40D

O Charlotte Hornets não pode ser acusado de não terem se mexido na composição do seu elenco. Garfaram uma bela pick em Devonte Graham, um dos representantes da boa safra vinda do último draft. Trouxeram Cody Zeller do Blazers e Terry Rozier do Boston Celtics, que no momento tem a chance de brilhar em voo solo e vem entregando 17 pontos por jogo. O que isso significa para a equipe comandada por James Borrego? Razoavelmente nada. O Hornets vem em mais uma temporada discreta, com o pior ataque da liga, ainda se recuperando após terem perdido o brilhante Kemba Walker e arrumando os rumos da franquia para os próximos anos. E por arrumar, entenda-se: dar um destino ao veterano Nicolas Batum que ganha 24 milhões por temporada para entregar 3.6 pontos e 4.5 rebotes por jogo. É esperar pra ver.

Nota: 4

Miami Heat – 40V/22D – Heatles BR (@HeatlesBR)

CULTURA! Essa é a palavra que ilustra de maneira precisa o que vem sendo o Miami Heat na temporada 2019-2020. Uma equipe que vem superando todas as expectativas e calando a boca dos críticos que desmereceram um trabalho que vem sendo feito desde o fim da era “Big 3”. Todavia, preciso ser sincero com vocês. Confesso que não esperava um desempenho consistente e a evolução de alguns jogadores tão rápido. Hoje o Heat tem atletas na corrida para o ROY (Nunn), para o MIP (BAM) e, bem de longe, para MVP (Butler) – segundo listas divulgadas pela própria NBA. Além de “achados”, jovens promissores e um Franchise Player que encarna como poucos a filosofia da franquia, o Heat tem um cara que está na instituição há alguns anos e que se reinventou ao longo de sua trajetória: Goran Dragic. O esloveno é o sexto homem da equipe e vem com médias de 16 pontos, 5 assistências e 44% de FG, de longe um dos mais importantes dessa caminhada. Atualmente, o Miami Heat tem uma campanha de 35 vitórias e 19 derrotas e é o 4º colocado na conferência Leste. Se a temporada terminasse hoje, enfrentaria o Philadelphia 76ers na primeira rodada dos playoffs. Como nem tudo são rosas, a franquia de South Beach precisa melhorar em inúmeros aspectos, rebotes e a consistência da equipe nas partidas são dois aspectos que qualquer um que para e assiste o Miami Heat já consegue perceber. Resumindo: as perspectivas são as melhores possíveis dentro das circunstâncias atuais. A equipe ainda oscila – o que é normal, pois têm muitos jovens na rotação -, mas consegue um desempenho melhor do que times mais badalados como Sixers e Rockets.

De 0 a 10 para a campanha da franquia de Miami na temporada, eu dou um 8. Não é fácil – mesmo no Leste – estar brigando pelo mando de quadra com equipes com elencos mais profundos e experientes. E não se esqueçam: respeitem o Miami Heat Basketball!

Orlando Magic – 27/35D

Da série: “já vi essa história antes”, eis o Orlando Magic. No atual momento, a equipe briga pela parte de baixo da zona de classificação da Conferência Leste na oitava posição com alguma vantagem sobre o nono colocado. Deve ir aos playoffs sem maiores sustos se manter o ritmo de jogo. O problema, como já falamos antes, é que o atual ritmo de jogo é bem parecido com o que o Magic vem apresentando nos últimos anos e a equipe parece não conseguir evoluir o seu jogo para outro patamar. Ao mesmo tempo em que a equipe tem a terceira melhor defesa da liga, possui o segundo pior ataque. Essa falta de equilíbrio pune o Orlando e seu elenco. A grande promessa Jonathan Isaac, que vinha tendo atuações importantíssimas, se lesionou deixando um grande desfalque na rotação do Magic. Markelle Fultz enfim reencontrou seu basquete e mais importante, tem permanecido saudável. Mas é longe de ser a grande estrela que era projetada. Cabe mais uma vez a Nikola Vucevic, Evan Fournier e Aaron Gordon tentarem salvar a pátria do técnico Steve Clifford. Ainda é pouco. Fica aqui o destaque positivo para o Magic nessa temporada: foi a primeira equipe a possuir um perfil brasileiro oficial no Twitter. É a NBA crescendo cada vez mais no Brasil e no mundo.

Nota: 6

Washington Wizards 22V/39D

Por que choras, Bradley Beal? Não olhem agora, mas estamos falando do sexto melhor ataque da liga, mas também estamos falando do nono colocado da Conferência Leste. Sabíamos desde temporadas passadas que os delírios de consumo do GM do Wizards cobrariam alto. Mais uma temporada em que o caríssimo John Wall assiste os jogos à beira da quadra de terno enquanto seu colega Bradley Beal derrama números impressionantes a cada noite, podendo ser incluído na cota de “injustiçados do All Star Game”. É notório o quanto o ala-armador fica mais e mais impaciente no atual elenco e volta e meia seu nome é cotado na conversa de trocas. Não foi nessa última Trade Deadline que Beal saiu de Washington, que trouxe peças interessantes como Davis Bertans e o novato japonês Rui Hachimura. Mesmo assim, ainda é pouco para Scott Brooks desenvolver um trabalho interessante. Uma classificação para os playoffs à essa altura do campeonato é improvável e, mesmo que houvesse, para quê? A torcida do Wizards segue esperando o desafogo na folha salarial para que o time possa fazer movimentos mais ousados no futuro. Nota: 4