Chicago Bulls 21V/41D

Os anfitriões do All Star Game terão pouca coisa para celebrar nesse ano. O elenco promissor de jovens estrelas de Chicago carece de objetividade para almejar voos mais altos. É verdade que Zach Lavine vem jogando em nível de All Star e tem direito de se sentir injustiçado por não ter sido chamado para o jogo principal (mas disputou o campeonato de três pontos). É verdade que o novato Coby White pode ser lapidado para vir a se tornar um bom jogador num futuro próximo. Assim como também é verdade que o mesmo se dizia sobre Lauri Markkanen e até agora nada. É verdade que o fã brasileiro queria ver mais Cristiano Felício. É verdade que o técnico Jim Boylen continua dando a impressão de que não tem o menor pulso com seus comandados. E é verdade que o Bulls ficou de braços cruzados durante a janela de trocas. Entre muitas verdades, parece mentira que essa vai ser mais uma temporada em que o United Center vai permanecer mais ponto turístico com a estátua do Jordan do que palco de grandes emoções.

Nota: 4

Cleveland Cavaliers – 17V/45D – Clevy Cléo (@CavsNationBR)

O que dizer sobre Cleveland? Particularmente como torcedor é sempre mais complicado analisar sem se levar por parcialidades, mas, temos que ser sinceros: a situação do Cavs está triste. Após a chegada do Andre Drummond as coisas parecem prosperar melhor; não digo pelo tank, mas sim pelo vestiário e a repercussão que tomou as atitudes de Kevin Love e Tristan Thompson, o que nos instriga a esperar por suas trocas.  A evolução dos jovens é nítida, principalmente a do subestimado Sexton. Garland caminha a passos mais curtos mas já demonstra que será um bom jogador. Kevin Porter também vem evoluindo muito, o que dá grandes esperanças para a torcida. Windler ainda é uma enorme incógnita, ainda não jogou devido à lesão e não sabemos como ele virá. Agora o que nos resta é esperar e torcer, mas sabemos que após a chegada do novo pivô, finalmente temos um líder, experiente, e que está feliz no Cavs.

Nota: 5,3, poderia ser melhor se apenas as derrotas fossem levadas em conta, mas infelizmente, a situação em Cleveland passou de apenas tankar e evoluir os jovens.

Detroit Pistons – 20V/43D

Se tem uma franquia que começou a temporada de um jeito e vai terminar de outro, essa franquia é o Pistons. Animados pela classificação para os playoffs na temporada passada, a equipe do Detroit veio atrás de voos mais altos encabeçados pelo trio de estrelas composto por Blake Griffin, Andre Drummond e Derrick Rose. Contudo, o buraco foi mais embaixo. Griffin teve mais uma temporada de visitas constantes ao departamento médico (atuou em apenas dezoito partidas em 2019-2020) e vai ficar de fora do resto da temporada. Derrick Rose brilhou em diversas noites saindo do banco, com direito a atuações decisivas nas vitórias do Pistons, que não foram muitas. Mas o destaque mais surpreendente com certeza foi Andre Drummond: em mais uma temporada de muitos e muitos rebotes conferidos em cada noite, o pivô se viu envolvido em várias conversas de troca que ele mesmo tratou de desmentir vindo à público dizendo que pretendia vestir a camisa do Pistons por toda a carreira. Apesar da lealdade, o Pistons trocou Drummond com Cleveland à preço de banana, se desfazendo de uma estrela em ascensão por picks de draft. Detroit talvez tenha entregado a toalha cedo demais e trocou o certo pelo duvidoso, numa leva que também incluiu a rescisão do veterano Reggie Jackson. Resta ver o que os comandados por Dwayne Casey podem arrumar no resto de uma temporada que já acabou para os Pistons.

Nota: 3

Indiana Pacers – 37V/25D

Não dá pra dizer que o Pacers não fez o dever de casa enquanto esperava pacientemente o retorno de Victor Oladipo para o início de 2020. Como ele fez esse dever são outros quinhentos. A torcida de Indiana, principalmente a comunidade BR pelo Twitter, anda com paciência bem curta para com o técnico Nate McMillan. Ame ou odeie, sua equipe encontra-se mais ou menos no mesmo patamar da temporada anterior: classificados para os playoffs no meio da tabela para baixo. Domantas Sabonis teve sua temporada coroada com uma seleção para o All Star Game, enquanto Malcom Brogdon, vindo de Milwaukee, vem encontrando seu espaço na rotação. Myles Turner vem de uma experiência com a seleção americana e leva profundidade para o garrafão, enquanto T.J. Warren vem sendo um grande destaque com 18 pontos de média. Resta saber se o roteiro dos Pacers reserva alguma surpresa daqui até o final da temporada e nos playoffs ou se estão fadados a reprisar mais uma campanha apenas regular.

Nota: 6

Milwaukee Bucks – 53V/9D – Bucks_Brasil (@Bucks_Brasil)

Não dá para escrever sobre essa temporada atual do Bucks sem começar com a palavra “histórica”. Tem sido uma temporada histórica pelo melhor aproveitamento da história da franquia até aqui, e o terceiro melhor da NBA, mesmo com o time tendo mantido a base principal de atletas que já tinha feito uma campanha ótima na temporada anterior. Ninguém esperava que com a saída de um dos principais jogadores do elenco (Malcolm Brogdon, agora no Pacers) que esse grupo iria ter uma campanha que até o momento supera a da última temporada. Em 54 jogos a equipe tem 46 vitórias e 8 derrotas, o Bucks é hoje o único time da liga com mais de 45 vitórias, sendo que apenas Raptors e Lakers alcançaram 40 vitórias nesse período além do time de Milwaukee. O time lidera a liga em pontos por jogo (119.6), é o primeiro em eficiência defensiva (102.0) e o quarto em eficiência ofensiva (113.5), além de liderar a NBA em Pace (105.2). A nota que eu dou para a temporada da equipe nesse exato momento é um 9.