Dallas Mavericks – 38V/25D

Surpreendente parece pouco para definir a temporada do Dallas Mavericks até aqui. Para o bem ou para o mal, 2019-2020 vem sendo um ano de altas emoções para a equipe comandada pelo experiente Rick Carlisle. A “DoncicMania” é uma realidade muito palpável. Luka Doncic é um All Star incontestável, jogando hoje com números de MVP seguindo muito vivo na disputa pelo prêmio. Seu jogo evolui a cada noite. Não só isso, seu estilo parece ter casado perfeitamente com o recém-chegado Kristaps Porzingis, formando uma das duplas mais interessantes de se ver em quadra. E é por aí que passa o maior inimigo do Dallas Mavericks ao longo dessa temporada: o departamento médico. O elenco do Mavs perde um pouco do entrosamento por conta de constantes lesões de seus jogadores. Uma delas até tirou o pivô Dwight Powell do resto da temporada, obrigando Dallas a correr atrás de Willie Cauley-Stein para tapar esse buraco. Não fossem as lesões, essa equipe com peças interessantes como Seth Curry, Tim Hardaway Jr., Maxi Kleber e o irreverente Boban Marjanovic, poderia estar até no topo da tabela do Oeste. Não por isso: Dallas segue firme rumo aos playoffs com o terceiro melhor ataque da liga no momento. Vamos ver o que vão aprontar na pós-temporada.

Nota: 7

Houston Rockets – 39V/21D

Falem bem ou falem mal, mas falem do Houston Rockets. Ano após ano, os comandados de Mike D’Antoni sempre aparecem em conversa de título do Oeste e até da NBA, mas também ano após ano, fica faltando um detalhe que até agora ninguém sabe muito bem qual é, mas sabemos que fica faltando mesmo assim. O Rockets procurou sanar esse detalhe trazendo o monstro dos triplos duplos Russell Westbrook, assumindo o risco de abrir mão desses números para encaixá-lo no jogo de seu amigo James Harden, que por sua vez vem em mais uma temporada com números de MVP. Na primeira metade da temporada o Rockets bateu cabeça procurando ajeitar esse esquema, o que acabou culminando na troca de Clint Capela (que também levou o brasileiro Nenê Hilário embora), a vinda de Robert Covington, a repatriação de Trevor Ariza e a opção por um jogo focado no “small ball”. Só o tempo dirá o quanto isso deu certo ou não para o Houston. Coincidência ou não, a equipe vem embalando após o All Star Game, a despeito das polêmicas do evento onde James Harden criou uma birra com Antetokounmpo após ter o ego ferido pelo grego. Hoje é o segundo maior ataque da liga, muito por conta do já conhecido tiroteio de bolas de três pontos. Fica a curiosidade pra saber como eles encaram garrafões fortes como o do Lakers nos playoffs.

Nota: 7

Memphis Grizzlies – 31V/31D – GBR (@grizzliesbr)

Sim, acredite: O Memphis Grizzlies está acima de .500 no intervalo do All-Star break. Com o recorde de 28-26, o young core está superando qualquer expectativa da temporada com uma evolução constante. Com o crescimento da equipe, a franquia alcançou a 8° posição do Oeste e permanece com uma vantagem de 4 jogos. Nos últimos 15 jogos, Memphis está em 2° em melhor defesa na NBA, perdendo apenas para o Bucks. Isso comprova a evolução defensiva e ofensiva da equipe comandada por Taylor Jenkins, que caminha aos poucos para construir uma potência. Ja Morant, o nome principal na temporada, segue com desempenhos espetaculares, sendo 27-21 quando ele joga e com média de 17.6 PPG/7.1APG. No início da temporada, os erros eram frequentes com coisas simples (ex: qualquer posse? bola de 3!). Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro (até o momento) estão sendo o divisor de águas para a equipe, TODOS cresceram nas partidas. Com a chegada do ASG, temos a saída de Iguodala e os frutos: Winslow, Dieng e Bell, que continuarão ajudando a manter uma posição na liga e, consequentemente, a ida aos playoffs. Talvez não seja a hora certa, mas bastante importante para a autoestima dos jovens do Tennessee.

Nota 7 para o início de uma nova geração.

New Orleans Pelicans – 26V/36D

No bordão mais recente da NBA, “ZION DA FRENTE!!!!”, que o Pelicans pede passagem para brigar pela última posição na classificação do Oeste. Tudo bem que a temporada do New Orleans não foi bem tão empolgante até aqui, muito devido ao desfalque precoce daquela que é a estrela mais badalada dos últimos anos: Zion Williamson. De fora da temporada por um bom tempo, o novato retornou no fim de janeiro já mostrando a que veio. Tanto é que já figura na conversa de novato do ano mesmo com pouco tempo de atuação. Empolgação à parte, o time do Pelicans é daqueles com um basquete interessante, jogo envolvente, elenco promissor, mas que por um detalhe não consegue sacramentar suas vitórias. É impressionante a quantidade de vezes em que o time de Alvin Gentry fica estagnado no “quase”. Ficou o questionamento se o detalhe que ficou faltando era Zion em quadra ou não. O Pelicans atualmente está em 12º na briga pela classificação para os playoffs, mas com uma diferença mínima até a oitava posição. Conquistar uma classificação à essa altura do campeonato seria um esforço heroico para esse time, que já teve um destaque no All Star Game com a seleção de Brandom Ingram para participar do evento principal. Se vocês quiserem uma estatística interessante: o Pelicans é o quinto da liga em rebotes por jogo, quarto em pontos, e terceiro em assistências. Outra estatística: J.J. Redick nunca ficou de fora dos playoffs desde que chegou à NBA. O que isso tudo significa? Bom, a resposta virá em abril.

Nota: 5

San Antonio Spurs – 26V/34D Spurs Brasil (@spurs_brasil)

O San Antonio Spurs vive em um estranho limbo, já que não consegue ser competitivo e nem dá espaço para seus jovens. Embora eu não seja a favor da ideia de trocar DeMar DeRozan e LaMarcus Aldridge, ver Bryn Forbes e Marco Belinelli ganhando minutos que poderiam ser de Dejounte Murray, Derrick White e Lonnie Walker causa estranheza. Isso sem falar em Keldon Johnson, Luka Samanic e Chimezie Metu, que nem sequer pisam na quadra. A temporada já começou decepcionante com a novela que terminou na desistência de Marcus Morris de jogar no Spurs. Se não bastasse, a franquia texana ainda perdeu Davis Bertans no processo. Além disso, muito intriga a não utilização de DeMarre Carroll (agora no Rockets), contratação que mais chamou atenção na offseason. Um ala competitivo, que joga duro e que tem tamanho e versatilidade defensiva poderia, sim, aumentar o nível de um time que sofre na marcação. Todos esses fatores constroem um aparente triste fim para a sequência de aparições do time nos playoffs.

Nota: 3