Golden State Warriors – 14V/18D

Dando certo até quando dão errado, eis o Golden State Warriors. É claro que você não perde um Kevin Durant e espera que as coisas permaneçam um mar de rosas como foram os últimos anos, mas nem o mais pessimista dos torcedores imaginaria um início de temporada tão ruim quanto foi o do Warriors. Privados de Klay Thompson desde as últimas Finais e só podendo contar com ele no ano que vem, os comandados de Steve Kerr ficaram também sem Stephen Curry, afastado por uma lesão na mão, por grande parte da temporada. Draymond Green também deixou os Warriors durante muitos de seus jogos e mesmo assim seus números caíram um bocado. Nem mesmo a vinda de D’Angelo Russell serviu para levantar os ânimos, o que acabou se transformando na troca que trouxe Andrew Wiggins para a franquia de São Francisco. Mas como foi dito ali em cima: nada que abale a equipe. Muito embora Steve Kerr já tenha garantido que seu time não pretende tankar daqui até o fim da temporada, dificilmente sairão da parte de baixo da tabela (talvez terminem com a pior campanha geral da liga), o que os deixaria numa boa posição para garimpar alguma coisa no draft, que foi de onde veio o achado Eric Paschall. Não se enganem: Golden State já enxugou seu elenco ao longo dessa temporada e sabe muito bem com quem contar para a próxima. Resta virar essa página e começar a escrever o resto da história de Curry e companhia.

Nota: 2

Los Angeles Clippers -42V/19D

Uma das equipes mais badaladas da offseason, automaticamente alçados ao status de contenders assim que todos souberam o destino de Kawhi Leonard e Paul George. Eis os Clippers em 2019-2020. Curiosamente, podemos falar que o Clippers é bem a cara de Kawhi Leonard: discreto e eficiente. Se por um lado não vemos muitas passagens de Leonard pelos highlights da Liga, podemos ter certeza de que muito das vitórias do Clippers passam por suas mãos, isso porque estamos falando de um jogador que é constantemente poupado. Falando em poupado, Paul George também é um que só veio estrear um bom tempo depois do início da temporada. O tratamento diferenciado aos dois recém-chegados teria criado um mal-estar nos vestiários do Clippers, mas nada confirmado. Fato é que a equipe de Doc Rivers soube aproveitar muito bem a química já existente entre Pat Beverley, Landry Shamet, Lou Williams e Montrezl Harrell e soube usar a seu favor. Num movimento ousado, trouxeram o polêmico Marcus Morris Sr. Numa clara demonstração de que estão muito vivos na busca pelo título, alimentando uma rivalidade muito interessante com o Lakers, outro franco favorito da Conferência Oeste. O Clippers pode não ser o time mais envolvente hoje, mas poucas equipes conseguem ser tão eficientes e ter tantas opções ofensivas e defensivas em seu arsenal hoje. São uma das grandes equipes para os playoffs. Olho neles.

Nota: 9

Los Angeles Lakers – 47V/13D – Lakers no Ar (@LakersNoAr)

Bom, acho que a forma mais honesta de começar esse texto é falar a verdade: Se algum torcedor do Lakers acreditava em uma metade de temporada tão boa, ou é clubista demais ou é mentiroso. Óbvio que esperávamos uma boa melhora com a chegada de Anthony Davis, Danny Green e cia. Mas o time se encaixou tão rápido que parecia jogar junto há muito tempo. Além das surpresas Dwight Howard, Alex Caruso e KCP (SIM, ele) que fizeram nosso banco estar em destaque em vários jogos. LeBron James, então, fazendo uma das melhores temporadas da carreira, mesmo com 35 anos, é maravilhoso. O time ainda tem ajustes a serem feitos, verdade. Principalmente quando enfrenta outros contenders eles aparecem, principalmente entre os alas, onde falta defesa e um segundo playmaker vindo do banco (vocês acharam que não ia citar Rajon Rondo? ACHARAM ERRADO). Mas de fato, até este momento da temporada, Frank Vogel e seus comandados merecem todos os parabéns.

Nota: 9

PS: Kobe, essa temporada é por você. RIP, Mamba e Mambacita.

Phoenix Suns – 24V/38D

Junte um elenco jovem, com um novo técnico e muita empolgação. Essa é a receita para o sucesso? Quem sabe, sucesso a longo, mas muito longo mesmo, prazo. A “SeleSuns” deu mostra de seu potencial no início da temporada com vitórias expressivas e surpreendentes. Porém, não deu conta de manter a qualidade por muito tempo. O elenco recebeu novidades como o gigante Aaron Baynes, o “responsável” pela lesão de Stephen Curry após cair com todo seu peso em cima da mão do jogador; bem como o espanhol Ricky Rubio. Rubio trouxe qualidade nos passes da equipe comandada por Monty Williams: hoje ela lidera a NBA em número de assistências por jogo. Junto aos jovens talentos de Devin Booker (coroado com uma ida ao All Star Game substituindo Damian Lillard, tendo sido inclusive indicado pelo próprio para substituí-lo), DeAndre Ayton e Kelly Oubre Jr., o Suns cria um basquete envolvente, mas peca em aspectos defensivos. Fica pairando no ar a questão: até quando a franquia conseguirá manter Devin Booker no elenco e dar ao astro um time competitivo que permita a equipe do Arizona sonhar com voos mais altos? Ou será que a chave para encorpar o elenco é justamente abrir mão de Booker e trocá-lo por peças mais consistentes? Com a temporada se encaminhando para um final, é provável que o Suns já tenha jogado a toalha e já esteja pensando nessa e em outras questões para 2020-2021.

Nota: 4

Sacramento Kings – 27V/34D

Não, não estamos em 2019. Não, matematicamente o Kings ainda não está fora da briga pela disputadíssima oitava posição da conferência Oeste. Um ano depois, pouca coisa parece ter mudado para o Sacramento Kings além do técnico Luke Walton. O time continua com um elenco jovem interessante centrado em De’Aaron Fox e Buddy Hield, o campeão da disputa de 3 pontos do All Star Game. Bogdan Bogdanovic continua sendo uma peça de apoio interessante. E na Trade Deadline o Kings recebeu Jabari Parker, Alex Len e Kent Bazemore para compor seu elenco. Sabem o que isso significa? Nem a gente. Parece pouco provável que o Kings consiga beliscar uma ida aos playoffs nesse momento. Mas fica o questionamento se é disso que eles precisam agora. O Kings precisa almejar voos mais altos e deixar de ser celeiro de peças para franquias que procuram jogadores competitivos. A reformulação a partir do draft de Fox ainda não deu resultados. Vamos ver até quando dura a paciência de todos os envolvidos: jogadores, dirigentes e torcedores.

Nota: 4